segunda-feira, 11 de junho de 2012


INVASÕES HOLANDESAS NO BRASIL
Antes de Portugal tornar-se uma efetiva colônia do Brasil , estava sob domínio da Espanha no período da dinastia de Felipe II Os espanhóis pretendiam tornar os países da União Ibérica em uma só nação, inclusive cogitando a incluir Portugal em seu território. Os portugueses resistiram a sua maneira a tentativa espanhola, chegando a realizar um pacto comercial com a Holanda para controlar toda a produção de açúcar oriunda de seu território recém-descoberto, o Brasil. Os holandeses aceitaram na hora, pois também estavam em conflito com a Espanha na tentativa de manter a independência dos ibéricos nos Países Baixos.
Porém, a Espanha determinou um rígido controle para a colônia portuguesa, fazendo o possível para impedir a chegada dos holandeses no Brasil que, segundo os ibéricos, era parte de suas colônias. Sendo assim, em 1602 a Holanda cria a Companhia das Índias Orientais  para empossar todos os domínios coloniais dos portugueses.
Com o grande lucro do empreendimento,criaram a Companhia das Ín  para controlar a produção açucareira no Brasil dias Ocidentais. Em 1624  navios de holandeses invadem o Brasil pela primeira vez, aportando na cidade de Salvador, principal centro administrativo da época. Entretanto, um ano depois foram expulsos por uma poderosa armada dos espanhóis.
Anos depois  novamente os holandeses tentam invadir o território brasileiro, desta vez no estado de Pernambuco, dominando as cidades de Recife e Olinda. Com a efetividade da conquista, nomearam, o conde Maurício de Nassau para liderar o então Brasil-holandês. Enquanto administrou a região nordestina, Nassau buscou apoio dos senhores de engenho, oferecendo-lhes recursos financeiros na aquisição de escravos e equipamentos necessários para produção do açúcar.
Nassau também foi responsável por um intenso processo de urbanização das cidades de Recife e Olinda, construindo hospitais, asilos e ladrilhos nas ruas da região.

domingo, 10 de junho de 2012

Cineasta Spike Lee estranha ausência de negros na mídia brasileira

"SÃO PAULO - Após uma semana inteira de viagens, filmagens e entrevistas com personalidades brasileiras para o documentário "Go Brazil go", o cineasta americano Spike Lee, de 55 anos, se disse surpreso com a primeira de suas constatações: a ausência de negros na mídia brasileira. Para o diretor, que planeja o lançamento do filme para antes da Copa do Mundo de 2014, os Estados Unidos estão 20 anos à frente do Brasil quando o assunto é acabar com o racismo.

— Meus ancestrais foram libertados em 1865 e, no Brasil, a escravidão foi abolida em 1888. É uma diferença pequena, mas se compararmos a evolução de afroamericanos e de afrobrasileiros, estamos 20 anos à frente — disse Lee, em entrevista coletiva realizada em São Paulo.
O cineasta esquivou-se das tentativas de definir seu novo filme, mas deixou claro que o racismo terá destaque, apesar de não ser o único mote do projeto, que conta com a consultoria do escritor Fernando Morais.

— Entre 50% e 60% da população brasileira é negra. Fiquei surpreso ao saber — disse Lee, que esteve no país pela última vez em 1995, quando dirigiu o clipe de "They don’t care about us", de Michael Jackson, no Morro Dona Marta, no Rio, e no Pelourinho, em Salvador.

— Na primeira vez em que estive aqui, em 1987, fiquei chocado ao ver que na TV, em revistas, não havia negros. Melhorou um pouco. Mas há muito a fazer. Quem nunca veio ao Brasil e vê a TV brasileira via satélite vai pensar que todos os brasileiros são louros de olhos azuis — disse.
Políticos como o ex-jogador de futebol e agora deputado Romário, músicos como Caetano Veloso e Gilberto Gil, além de artistas plásticos como osgemeos também foram entrevistados.

— Um documentário é tão bom quanto as pessoas que você entrevista — disse Lee. — Sem as pessoas certas, não há nada a ser feito, não importa o quão bom cineasta você seja. A seleção de entrevistados é um recorte amplo da sociedade brasileira. Ainda não entrevistei Lula e Dilma Rousseff, mas espero entrevistá-los quando voltar.
Da agência, O Globo"


Autoridade e conflito no Brasil colonial



Autoridade e conflito no Brasil colonial
Heloisa Liberalli Bellotto
2º edição
R$ 52
342 págs

Autoridade e conflito no Brasil colonial
Livro trata das diferentes estratégias na luta contra os espanhóis no Centro-Sul do Brasil
Mais importante governador da Capitania de São Paulo durante o período colonial, D. Luís Antonio de Souza Botelho Mourão, o Morgado de Mateus, é analisado em profundidade neste estudo clássico de Heloísa Bellotto, que, após trinta anos, ganha uma segunda edição, revista pela autora.
Polêmico e enérgico, o Morgado de Mateus foi enviado pelo Marquês de Pombal para reorganizar a Capitania de São Paulo. Durante seus dez anos de governo (1765-1775), consolidou a autonomia da Capitania e fundou pelo menos vinte cidades, além de ajudar a estabelecer os limites geográficos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste – que, em linhas gerais, resultaram nos limites dos atuais estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
Autoridade e conflito no Brasil colonial enfoca o período em que, após 17 anos sob jurisdição do Rio de Janeiro (1748-1765), o governo da capitania de São Paulo, restaurado pelo Morgado de Mateus, incrementou a agricultura e atuou para a efetiva conquista e defesa dos territórios meridionais. Mas Morgado de Mateus também entrou em conflito com as autoridades metropolitanas e coloniais quanto à estratégia militar em relação aos espanhóis no Sul do país. Discordando da simples ação no extremo Sul, implementou a ocupação e fortificação a Oeste, com o estabelecimento da praça militar do Iguatemi, no atual estado do Mato Grosso do Sul.
A publicação deste trabalho pioneiro, há muito esgotado, possibilitará, aos que se interessam pela História de São Paulo e da formação do territorial brasileira, a reflexão sobre esse momento decisivo da Capitania.

A autora: Heloísa Liberalli Belloto possui doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado pelo Arquivo Histórico Ultramarino (Portugal). É professora da Universidade de São Paulo e professora visitante da Universidad Internacional de Andalusia (Espanha).

Introdução

O espaço, o homem e o instrumento
A Capitania de São Paulo: evolução, extinção e restauração
D. Luís Antonio de Souza Botelho Mourão, Morgado de Mateus
As instruções de governo

O exercício da direção
Primeiras providências, posse e proposições
Militarização
Exploração e conquistas territoriais
Política de urbanização
Política econômica
Outras atividades administrativas
Resistência e reação

A ruptura na ação
Socorros ao Sul versus “diversão” pelo Oeste
Iguatemi em xeque
Intriga e oposição
A substituição no governo

A defesa de um processo administrativo
Balanço do governo
Luta contra o ostracismo
Considerações finais
Documentação
Abreviaturas
Fontes manuscritas
fontes impressas
Bibliografia consultada 

Cotas raciais: heranças de um Brasil colônia


      No dia 05/06/2012, no auditório do Colégio Técnico Fundação José Carvalho, alunos do 2º ano A e B discutiram sobre uma questão bastante pertinente no Brasil, o sistema de cotas raciais nas faculdades e universidades.
      Mas antes mesmo de nós falarmos sobre esse assunto, devemos explicitar sua definição. O sistema de cotas raciais é uma política proveniente da necessidade de ações afirmativas como medidas de amenização ou resolução de um problema que começa desde a vinda de escravos negros para o Brasil. A discriminação racial no nosso país que uma nação miscigenada.
      As cotas são vagas reservadas para estudantes oriundos de escolas públicas de descendência negra ou indígena. Dentre estes, aqueles que tirarem as melhores notas terão direito ao ingresso nas universidades públicas.
      A efetivação dessa política provocou várias discussões entre aqueles que são contra ou a favor ao sistema de cotas. Quando a medida foi implementada teve objetivo de ser uma medida reparadora e inclusiva tanto socialmente como economicamente. Foi pensado em reparação devido a forma brutal que os negros foram arrancados da sua pátria mãe e por causa da forma cruel com que eles foram largados e esquecidos sem nenhum amparo após o dia 13 de maio de 1888, a proclamação da Lei Áurea. E falamos já que em inclusão nítido segregação sofrida pelas pessoas negras.
      Mais de 4 milhões de negros vieram para o Brasil no período colonial, foram eles que construíram de forma significativa o nosso país e hoje todos nós somos irmãos de nação. Hoje vivemos em uma República e não somos mais uma colonial regida por um governo imperialista, por isso devemos pensar de formar democrática no bem de todos os cidadãos brasileiros. O problema apresentado hoje é reflexo do sistema inescrupuloso que foi a escravidão no Brasil.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A escravidão


Ao falarmos em escravidão é difícil não pensar nos portugueses, espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.

Sobre este tema, é difícil não nos lembrarmos dos capitães-de-mato que perseguiam os negros que haviam fugido no Brasil, dos Palmares, da Guerra de Secessão dos Estados Unidos, da dedicação e ideias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.

Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Podemos citar como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da História.

Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande número de escravos; contudo, muitos de seus escravos eram bem tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.

Aqui no Brasil a escravidão foi bastante difícil devido ao fato de os negros serem tratados como animais e viverem em condições sub-humanas. Estes eram transportados para cá através dos navios negreiros. Geralmente os mais fortes eram os que valiam mais; dentro desses navios vinham vários escravos amontoados uns em cima dos outros, eram obrigados a passarem toda a viagem convivendo com suas fezes e urinas. Realmente não eram vistos como gente e sim como animais a serviço dos seus senhores. Além dos homens para o trabalho braçal, vieram muitas mulheres, uma vez, que nas casas dos senhores de engenho precisam de mulheres para cozinhar, arrumar, e ate servirem como amas de leite. Os africanos trazidos eram colocados dentro das senzalas obrigados a seguirem a religião católica, e proibidos de festejar de acordo com seus costumes ou praticar qualquer tipo de dança. Para aqueles que fugiam devido a revolta com que eram tratados existiam os quilombos (comunidades bem organizadas, na qual os mesmos podiam viver em “liberdade”, praticar suas danças e rituais).

Não posso deixar de falar das campanhas abolicionistas e a abolição da escravidão que foi de certa forma uma maneira de o Brasil escapar da pressão que estava sofrendo pela Inglaterra (nessa época, l aja havia ocorrido a revolução industrial). Porém mesmo após a abolição da escravidão, os negros ainda viviam de forma excluída, pois aqueles que não ficavam na casa dos senhores de engenho, moravam na rua, passavam, fome e pediam esmola. 

Ainda hoje podemos perceber resquícios dessa escravidão como, por exemplo, o preconceito, que afeta a grande maioria dos negros.

CURIOSIDADE: 25 de marco é o Dia Internacional em memória das vítimas da escravidão e do tráfico transatlântico de escravos.

By: Bruna Santos

O ciclo do açúcar


O Ciclo do Açúcar foi um período da História do Brasil no qual o plantio da cana-de-açúcar foi a principal atividade econômica do país, sendo a responsável por toda a estrutura política e social do Brasil Colônia. Vários foram os motivos para a escolha da cana, entre eles a existência no Brasil do solo de massapê, propício para o cultivo da cana-de-açúcar além de ser um produto muito bem cotado no comércio europeu – destinado unicamente à exportação e capaz de gerar valiosíssimos lucros, transformando-se no alicerce econômico da colonização portuguesa no Brasil entre os séculos XVI e XVII.

O posto mais elevado na complexa sociedade açucareira cabia ao senhor de engenho, o proprietário dos complexos agroexportadores, mais conhecidos como engenhos, o qual desfrutava de admirável status social. Os engenhos eram formados por amplas propriedades de terras ganhas através da cessão de sesmarias – lotes abandonados cedidos pela coroa portuguesa a quem se comprometesse a aproveitá-los para o cultivo. O senhor e sua família moravam na casa-grande. Os negros escravos viviam nas senzalas, alojamentos nos quais conviviam cruelmente, tratados como animais expostos aos mais atrozes e violentos castigos. Conforme Antonil, os cativos precisavam apenas de 3P: Pau para apanhar; Pão para comer; e Pano para vestir-se. O Ciclo do Açúcar no Brasil durou até o século XVIII, quando foi desbancado pela produção do café.

By: Catharina Portela

Governo Geral

Com o fracasso das capitanias hereditárias, Portugal resolveu criar um governo-geral com o objetivo de centralizar o poder político na colônia; queria reduzir o poder absoluto dos donatários. A sede do governo-geral escolhida foi a Bahia, pois localizava-se num ponto médio do litoral brasileiro o que facilitava a comunicação com as demais capitanias. Os poderes judiciais, o comando e a defesa militar da colônia passaram a ser exercidos pelo governador-geral, que contava com a ajuda do ouvidor-mor (justiça), provedor-mor (fazenda), capitão-mor (defesa do litoral). 


Principais acontecimentos dos três primeiros governadores-gerais do Brasil:

Tomé de Sousa (1549-1553)

·         Fundação da cidade de salvador;

·         Criação do primeiro bispado brasileiro;

·         Incentivo a lavoura canavieira;

·          Organização de entradas.

Duarte da Costa (1553-1558)

·         Invasão francesa do rio de janeiro

·         Fundação do colégio de são Paulo, pelos padres jesuítas.

Mem de Sá (1558-1572)

·         Expulsão dos franceses do rio de janeiro; 

·         Combate com os indígenas rebeldes;  

·         Impulso a importação de escravos negros da África.

By: Rafaela Almeida