O Ciclo do Açúcar foi um período
da História do Brasil no qual o plantio da cana-de-açúcar foi a principal
atividade econômica do país, sendo a responsável por toda a estrutura política
e social do Brasil Colônia. Vários foram os motivos para a escolha da cana,
entre eles a existência no Brasil do solo de massapê, propício para o cultivo
da cana-de-açúcar além de ser um produto muito bem cotado no comércio europeu –
destinado unicamente à exportação e capaz de gerar valiosíssimos lucros,
transformando-se no alicerce econômico da colonização portuguesa no Brasil
entre os séculos XVI e XVII.
O posto mais elevado na complexa
sociedade açucareira cabia ao senhor de engenho, o proprietário dos complexos
agroexportadores, mais conhecidos como engenhos, o qual desfrutava de admirável
status social. Os engenhos eram formados por amplas propriedades de terras
ganhas através da cessão de sesmarias – lotes abandonados cedidos pela coroa
portuguesa a quem se comprometesse a aproveitá-los para o cultivo. O senhor e sua
família moravam na casa-grande. Os negros escravos viviam nas senzalas,
alojamentos nos quais conviviam cruelmente, tratados como animais expostos aos
mais atrozes e violentos castigos. Conforme Antonil, os cativos precisavam apenas
de 3P: Pau para apanhar; Pão para comer; e Pano para vestir-se. O Ciclo do
Açúcar no Brasil durou até o século XVIII, quando foi desbancado pela produção
do café.
By: Catharina Portela
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